COMO FUNCIONA O SEGURO DE SAÚDE NOS EUA?
Las Vegas, Nova Iorque, Miami, Los Angeles… Com o seu ESTA, pode viajar pelos EUA durante um período máximo de 90 dias. No entanto, a vida de um globetrotter pode rapidamente transformar-se num pesadelo sem um seguro de saúde. As despesas de saúde no país do Tio Sam são das mais elevadas do mundo. É por isso que recomendamos vivamente que subscreva um seguro de saúde, mesmo que vá de férias por um período muito curto ou apenas numa viagem de negócios.
Este artigo explica como funciona o seguro de saúde, para que possa viajar para os Estados Unidos com toda a tranquilidade.
SEGUROS DE SAÚDE NOS EUA: UM SISTEMA COMPLEXO
Embora os Estados Unidos sejam a terra dos sonhos, o seu sistema de saúde é extremamente caro. As despesas médicas representam mais de 16% das despesas mensais das famílias e são uma das principais causas de endividamento.
Por esta razão, é aconselhável fazer um seguro de saúde antes de partir para os Estados Unidos. Em caso de imprevisto, as despesas (hospitalização, repatriamento médico, etc.) podem arruiná-lo. Por exemplo, uma TAC pode custar-lhe entre $4.000 e $5.000, uma hospitalização de emergência com a duração de apenas 3 horas pode custar-lhe entre $9.000 e $10.000, e um tratamento dentário pode rapidamente ascender a mais de $500. Felizmente, existe um sistema de seguros de saúde que permite compensar as despesas médicas, por vezes exorbitantes. Mas é difícil orientar-se em todas as ofertas de seguros de viagem.
FINANCIAMENTO PÚBLICO
Em primeiro lugar, há que salientar que, nos Estados Unidos, estamos muito longe do sistema de segurança social francês. A cobertura da segurança social é muito básica. No entanto, existe financiamento público, como o Medicaid e o Medicare. Estas são reservadas aos cidadãos americanos de acordo com critérios muito específicos. Além disso, o Medicare está reservado às pessoas com mais de 65 anos e a determinadas pessoas com deficiência. O Medicaid está reservado aos cidadãos americanos com rendimentos muito baixos.
Há também a lei “Obamacare”, que foi aprovada em 2010 e entrou em vigor em 2014 pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Esta lei tem por objetivo garantir um seguro de saúde a todos os cidadãos americanos e residentes permanentes, distribuindo ajuda aos agregados familiares mais desfavorecidos. No entanto, esta lei apenas incentiva os americanos a subscreverem um seguro privado.
FINANCIAMENTO PRIVADO
Existe um grande número de seguros privados, divididos em duas categorias principais: os seguros de saúde (HMO) e os seguros de indemnização (II).
O HMO é um sistema que reúne na mesma organização a companhia de seguros e o sistema de prestação de cuidados. Os II são, sem dúvida, os mais caros. Baseiam-se num sistema de previdência semelhante ao sistema de seguro de saúde mútuo. Por outras palavras, os tomadores de seguros contribuem em função dos riscos que pretendem cobrir. Quanto maior for o montante, maior será a contribuição.
SEGURO DE SAÚDE INTERNACIONAL
Muitas companhias de seguros oferecem seguros internacionais (Allianz, Axa…). São geralmente adequados para uma estadia no estrangeiro. A maior parte dos seguros oferece assistência ao repatriamento, o que significa que está coberto em caso de repatriamento de emergência (em caso de morte de um ente querido, por exemplo). Não confunda com o seguro europeu, que lhe permite ser reembolsado das despesas médicas mediante a simples apresentação do seu cartão europeu de seguro de doença. É claro que este seguro só está disponível quando se está na União Europeia. É igualmente importante ter cuidado antes de subscrever um seguro de viagem. Muitos deles garantem a cobertura em caso de hospitalização, mas alguns são burlas. Por conseguinte, é essencial ler atentamente o contrato de seguro antes de subscrever a cobertura.
OUTROS SEGUROS
Se vai atravessar o Atlântico para trabalhar ou estudar, deve saber que também existem seguros que oferecem assistência médica: seguro de estudante, seguro de expatriado, etc. Há um grande número deles. Mais uma vez, é importante informar-se sobre tudo o que puder antes de partir, para ter a certeza de que é o melhor para si. Além disso, é importante certificar-se de que é compatível com o sistema Obamacare, porque se não for, pode ser multado se for controlado.
ESTADOS UNIDOS: QUE SEGURO DE SAÚDE ESCOLHER?
Como vê, existe uma grande variedade de opções quando se trata de escolher o seu seguro de saúde, quer seja um simples viajante, um estagiário ou um estudante estrangeiro. Então, qual deles deve escolher?
É claro que escolher um seguro de saúde não é fácil e a escolha depende do motivo da sua viagem e, sobretudo, da duração da sua estadia nos EUA. É evidente que os riscos são maiores para uma estadia longa do que para uma estadia temporária de uma semana… Em todos os casos, é aconselhável escolher uma cobertura completa (hospitalização, repatriamento, cuidados médicos, etc.).
Para escolher o seguro de saúde mais adequado às suas necessidades, consulte um sítio de comparação de seguros em linha, que lhe proporá várias opções de assistência médica adaptadas às suas necessidades. Terá de analisar uma série de critérios, tais como :
- Cospay”, que é o montante das despesas efectivas que terá de pagar depois de as despesas médicas terem sido reembolsadas pela assistência médica;
- a expressão “out of pocket maximum” indica o montante máximo de despesas que não podem ser reembolsadas;
- a expressão “dedutível” refere-se à franquia;
- a palavra “exclusão” refere-se a situações em que a assistência médica não funciona;
- Rede, que lhe dá informações sobre a rede de médicos compatível com o seu seguro.
Para preparar a sua viagem da melhor forma possível, é também aconselhável obter orçamentos de diferentes seguradoras de saúde para poder escolher a que melhor se adequa a si.
NB: O cartão Gold (cartão de crédito MasterCard ou Visa) inclui, em muitos casos, uma cobertura de saúde que funciona quando se encontra no estrangeiro, em qualquer parte do mundo.